terça-feira, 18 de junho de 2013

Valeu a pena

Valeu a pena

Intro

Com voz serena, perguntaram-me ao ouvido
Valeu a pena, vir ao mundo e ter nascido
Com lealdade. Vou responder, mas primeiro
Consultei meu travesseiro sobre a verdade
Tive porém, que lembrar o meu passado
Horas boas do meu fado e as más também


Valeu a pena ter vivido o que vivi, valeu a pena

Ter sofrido o que sofri
Valeu a pena, ter amado quem amei
Ter beijado quem beijei, valeu a pena


Valeu a pena, ter sonhado o que sonhei
Valeu a pena, ter passado o que passei


Valeu a pena, conhecer quem conheci
Ter sentido o que senti, valeu a pena


Valeu a pena, ter cantado o que cantei
Ter chorado o que chorei, valeu a pena

Valeu a pena, ter vivido o que vivi, Valeu a pena

Ter sofrido o que sofri
Valeu a pena, ter amado quem amei
Ter beijado quem beijei, valeu a pena

Instrumental

Valeu a pena, ter amado quem amei
Ter beijado quem beijei, valeu a pena

Letra: Mário Moniz Pereira - Música: Mário Moniz Pereira

Cifras por Acosta

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Uma casa Portuguesa

Uma casa Portuguesa

Intro

Numa casa portuguesa fica bem, pão e vinho sobre a mesa.
E se à porta humildemente bate alguém,

 Senta-se à mesa co’a gente.
Fica bem esta franqueza, fica bem, que o povo nunca desmente 
A alegria da pobreza - está nesta grande riqueza
de dar e ficar contente

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Quatro paredes caiadas,
Um cheirinho à alecrim - um cacho de uvas doiradas,
Duas rosas num jardim, um São José de azulejo,
Mais o sol da primavera - Uma promessa de beijos.
Dois braços à minha espera...

É uma casa portuguesa, com certeza!

É, com certeza, uma casa portuguesa!

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No conforto pobrezinho do meu lar, há fartura de carinho.
E a cortina da janela é o luar, mais o sol que bate nela.

Basta pouco, poucochinho pra alegrar uma existência singela.
É só amor, pão e vinho e um caldo verde, verdinho
A fumegar na tigela.

Quatro paredes caiadas,
Um cheirinho à alecrim - um cacho de uvas doiradas,
Duas rosas num jardim,
Um São José de azulejo,
Mais o sol da primavera - Uma promessa de beijos
Dois braços à minha espera

É uma casa portuguesa, com certeza!

É, com certeza, uma casa portuguesa!

É uma casa portuguesa, com certeza! 

Compositores: Música, V. M. Sequeira e Artur Fonseca; Letra, Reinaldo Ferreira

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Tudo isto é fado

Tudo isto é fado

Intro

Perguntaste-me outro dia

Se eu sabia o que era o fado,

Eu disse que não sabia, tu ficaste admirado.

Sem saber o que dizia eu menti naquela hora

E disse que não sabia, mas vou-te dizer agora:

……………………………………………………………………………………………………………

Almas vencidas, noites perdidas,

Sombras bizarras; Na Mouraria

Canta um rufia, choram guitarras.

Amor, ciúme, cinzas e lume,

Dor e pecado. Tudo isto existe,

Tudo isto é triste, tudo isto é fado.

………………………………………………………………………………………………………..

 Se queres ser o meu senhor

E teres-me sempre a teu lado,

Não me falas só de amor, fala-me também de fado.

Que o fado que é meu castigo,

Só nasceu p’ra me perder,

O fado é tudo o que eu digo, mais o que não sei dizer.

………………………………………………………………………………………………………….

Almas vencidas, noites perdidas,

Sombras bizarras; Na Mouraria

Canta um rufia, choram guitarras.

Amor, ciúme, cinzas e lume,

Dor e pecado. Tudo isto existe,

Tudo isto é triste, tudo isto é fado.

Instrumental

Amor, ciúme, cinzas e lume,

Dor e pecado. Tudo isto existe,

Tudo isto é triste, tudo isto é fado.

Compositores: Letra, Aníbal Nazaré; Musica, Fernando Carvalho

Cifras por Acosta

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Trova do vento que passa

Trova do vento que passa

Intro 

Pergunto ao vento que passa

Notícias do meu país

E o vento cala a desgraça

O vento nada me diz

E o vento cala a desgraça

O vento nada me diz

Instrumental 

Mas há sempre uma candeia

Dentro da própria desgraça

Há sempre alguém que semeia

Canções no vento que passa

Há sempre alguém que semeia

Canções no vento que passa

Instrumental

Mesmo na noite mais triste

Em tempo de servidão

Há sempre alguém que resiste

Há sempre alguém que diz não

Há sempre alguém que resiste

sempre alguém que diz não 

Compositores: Letra, Manuel Alegre; Música, António Portugal

Cifras por Acosta

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Trago fados nos sentidos

Trago fados nos sentidos

Intro

Trago fados nos sentidos
Tristezas no coração
Trago os meus sonhos
perdidos
Em noite de solidão


Trago versos, trago som, de uma grande sinfonia
Tocada em todos os tons
Da tristeza e da alegria

Instrumental

Trago amarguras aos molhos
Lucidez e desatino
Trago secos os meus olhos
Que choram desde menino


Trago noites de luar, trago planícies de flores
Trago o céu e trago o mar
Trago dores inda maiores

Instrumental

Trago noites de luar
Trago planícies de flores
Trago o céu e trago o mar
Trago dores inda maiores
 

Compositores: Letra, Amália Rodrigues; Música, José Fontes Rocha

Cifras por Acosta

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Tive um coração perdi-o

 

 

Tive um coração, perdi-o

Intro

Tive um coração, perdi-o.
Ai, quem mo dera encontrar!

Tive um coração, perdi-o.
Ai, quem mo dera encontrar!

Preso no fundo do rio
Ou afogado no mar.
Preso no fundo do
rio
Ou afogado no mar.
 

Instrumental

Quem me dera ir embora,
Ir embora sem voltar!

Quem me dera ir embora,
Ir embora não voltar!

A morte que me namora
Já me pode vir buscar.

A morte que me namora
Já me pode vir buscar.

Instrumental

Tive um coração, perdi-o.
Ai, inda o vou encontrar!

Tive um coração, perdi-o.
Ai, inda o vou encontrar!

Preso no lodo do rio
Ou afogado no mar.

Preso no lodo do rio
ou afogado no mar.
 

Instrumental

Tive um coração, perdi-o.
Ai quem mo dera encontrar!

Compositores: Letra, Amália Rodrigues; Música, José Fontes Rocha

Cifras por Acosta

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Tem três letras o meu nome

Tem três letras o meu nome

Intro

Tem três letras o meu nome

Que é pequeno como eu

Tem a dor também três letras e em três letras cabe o céu

Tem a dor também três letras

Em três letras cabe o céu

Talvez por isso o meu fado

É mais sombrio e mais triste

E o amor tão desejado, foge de mim, não existe

E o amor tão desejado

Foge de mim, não existe

Tem três letras o meu nome

Tantas letras tem o mar

E o meu fado se consome sempre que choro a cantar

E o meu fado se consome

Sempre que choro a cantar

 

Tenho um nome pequenino

Que é pequeno como eu

Tenho um nome pequenino, Que é pequeno como eu

Mas mesmo assim é destino ser do tamanho céu

Mas mesmo assim é destino

Ser do tamanho céu

Instrumental

Composição: Desconhecido

Cifras por Acosta

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Sou filha das ervas

Sou filha das ervas

Intro

Trago o alecrim, trago Saramago,

Cheira-me a jasmim, o resto que trago
 Trago umas mezinhas para o coração
Feitas das ervinhas que apanhei no chão!

 Sou filha das ervas, nelas me criei
Comendo-as azedas todas que encontrei
Atrás das formigas, horas que passei
Sou filha das ervas e pouco mais sei!

Instrumental

Rosa desfolhada, quem te desfolhou?
Foi a madrugada que por mim passou
Foi a madrugada que passou vaidosa
Deixou desfolhada, a bonita rosa!

Refrão

Instrumental

Ramos de salgueiro, terra abrindo em flor
Amor verdadeiro, é o meu amor
Papoila que grita no trigo doirado
Menina bonita, rainha do prado!

Refrão

Instrumental

Refrão

Compositores: Letra, Amália Rodrigues; Música, Carlos Gonçalves

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Loucura

Loucura (Sou do Fado, Fado Loucura) 

Intro

Sou do fado, como sei
Vivo um poema cantado, num fado que eu inventei
A falar não posso dar-me,
Mas ponho a alma a cantar 
Que as almas sabem escutar-me


Chorai, chorai, poetas do meu país
Troncos da mesma raiz, da vida que nos juntou
E se vocês não estivessem a meu lado
Então não havia fado, nem fadistas como eu sou

Esta voz tão dolorida, é culpa de todos vós 
Poetas da minha vida
É loucura, oiço dizer
Mas bendita esta loucura 
De cantar e de sofrer

Chorai, chorai, poetas do meu país
Troncos da mesma raiz, da vida que nos juntou

E se vocês não estivessem a meu lado
Então não havia fado, nem fadistas como eu sou

Instrumental

E se vocês não estivessem a meu lado
Então não havia fado, nem fadistas como eu sou

Compositores: Letra, Frederico de Brito; Música, Júlio Campos de Sousa

Cifras por Acosta

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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Solitário

 

Solitário (“A maior dor” ou ainda “Dizem que as mães querem mais”)

Intro 

Dizem que as mães querem mais
Ao filho que mais mal faz
Dizem que as mães querem mais
Ao filho que mais mal faz

 

Por isso te quero tanto
E tantas mágoas me dás!

Por isso te quero tanto
E tantas mágoas me dás!
 

Instrumental

Perguntaste o que é morrer,
Meu amor, minha alegria,
Perguntaste o que é morrer,
Meu amor, minha alegria,

 

Morrer é passar um dia
Todo inteiro sem te ver!

Morrer é passar um dia
Todo inteiro sem te ver!

Compositores: Letra,  Vários;  Música, Francisco Paulo Menano (1888-1970)

Cifras por Acosta

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Saudades de Coimbra

Saudades de Coimbra

 (Ó Coimbra do Mondego) 

Intro 

Ó Coimbra do Mondego

E dos amores que eu lá tive

Ó Coimbra do Mondego

E dos amores que eu lá tive

 

Quem te não viu anda cego

Quem te não amar não vive

Quem te não viu anda cego

Quem te não amar não vive 

Instrumental 

Do choupal até à Lapa

Foi Coimbra os meus amores

Do choupal até à Lapa

Foi Coimbra os meus amores

 

A sombra da minha capa

Deu no chão abriu em flores

A sombra da minha capa

Deu no chão abriu em flores

Compositores: Letra, Edmundo Bettencourt(?); Música, Mário Faria Fonseca(?)

Cifra por Acosta

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Samaritana

Samaritana

Intro

Dos amores do redentor

Não reza a história sagrada

Mas diz uma lenda encantada  

Que o bom Jesus sofreu de amor.

 

Sofreu consigo e calou sua paixão divinal

Assim como qualquer mortal

 Que um dia de amor palpitou.

Samaritana plebeia de Sicar

Alguém espreitando te viu Jesus beijar

De tarde quando foste encontrá-lo só

Morto de sede junto à fonte de Jacob.

E tu risonha acolheste

O beijo que te encantou, Serena, empalideceste

E Jesus Cristo corou

 

Corou ao ver quanta luz

Irradiava da sua fronte

Quando disseste ò meu Jesus

Que bem eu fiz, Senhor em vir à fonte.

 

Samaritana plebeia de Sicar

Alguém espreitando te viu Jesus beijar

De tarde quando foste encontrá-lo só

Morto de sede junto à fonte de Jacob. 

Compositores: Letra e música de Álvaro Cabral

Cifras por Acosta

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Rua do Capelão

Rua do Capelão (Novo fado da severa)

Intro

Ó Rua do Capelão, juncada de rosmaninho,

Ó Rua do Capelão, juncada de rosmaninho,

Se o meu amor vier cedinho,

Eu beijo as pedras do chão

Que ele pisar no caminho.

Se o meu amor vier cedinho,

Eu beijo as pedras do chão

Que ele pisar no caminho.

Tenho o destino marcado desda hora em que te vi.

Tenho o destino marcado desda hora em que te vi.

 

Ó meu cigano adorado,

Viver abraçada ao fado,

Morrer abraçada a ti.

Ó meu cigano adorado,

Viver abraçada ao fado,

Morrer abraçada a ti.

Instrumental

Ó meu cigano adorado, viver abraçada ao fado,

Morrer abraçada a ti.

Compositores: Frederico de Freitas / Júlio Dantas

Cifras por Acosta

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Povo que lavas no rio

Povo que lavas no rio.

Intro

Povo que lavas no rio,

Que talhas com teu machado

As tábuas de meu caixão.


Pode haver quem te defenda 

Quem compre o teu chão sagrado,

Mas a tua vida não.

Fui ter à mesa redonda,

Beber em malga que esconda
O beijo de mão em mão.

Era o vinho que me deste,

A água pura, fruto agreste, mas a tua vida não.

Aromas de urze e de lama
Dormi com eles na cama,

Tive a mesma condição.

Povo, povo, eu te pertenço,

Deste-m’alturas de incenso, mas a tua vida não.

 

Povo que lavas no rio,

Que talhas com teu machado

As tábuas de meu caixão.

 

Pode haver quem te defenda,

Quem compre o teu chão sagrado, mas a tua vida não. 

Pode haver quem te defenda,

Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não.           
 

Compositores: Letra, Pedro Homem de Melo; Música, Joaquim de Campos

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Penumbra

Penumbra

Intro

Uma noite em claro estou, eu não sei rezar
Pensamento
inútil vou tentar-me anular
Fiquei triste, triste sou, eu não sei rezar


Vem que a alma se afunda, nesta imensa penumbra
Que a noite me está morrendo
Que a noite me está morrendo


Minha noite um brilho tem, um sinal plebeu
Não tenho malícia mãe, o descuido é teu
O amor não se nega nem a quem nega o seu


Vem que a alma se afunda, nesta imensa penumbra
Que a noite me está morrendo
Que a noite me está morrendo


Uma noite em claro estou a saber de mim
À flor da minh'alma sou princípio do fim
Quem me prendeu, quem me amou, não cuidou de mim

Vem que a alma se afunda, nesta imensa penumbra
Que a noite me está morrendo
Que a noite me está morrendo 

Instrumental

Vem que a alma se afunda, nesta imensa penumbra
Que a noite me está morrendo
Que a noite me está morrendo

Compositores: Letra, Jorge Fernando; Musica, Jorge Fernando

Cifras por Acosta

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Partindo-se

Partindo-se

Intro 

Senhor, partem tão tristes

Meus olhos, por vós meu bem

Que nunca tão tristes viste

Outros nenhuns por ninguém


Partem tão tristes os tristes

Tão tristes, tão saudosos

Tão saudosos

Tão doentes da partida

Tão cansados, tão chorosos 

Da morte mais desejosos

Cem mil vezes que da vida

Partem tão tristes, os tristes

Tão fora de esperar bem

De esperar bem

 

Que nunca tão tristes vistes

Outros nenhuns por ninguém 

Compositores: Letra, João Roiz de Castelo-Branco; Musica, Alain Oulman

Cifras por Acosta 

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Fado laranjeira

Fado Laranjeira Intro Em tenra laranjeira ainda pequenina Onde poisava o melro ao declinar do dia Depois de te beijar a boca purpuri...