quarta-feira, 25 de março de 2020

A fadista

A Fadista

Intro

Vestido negro cingido, cabelo negro comprido

E negro xaile bordado
Subindo à noite avenida, quem passa julga-a perdida
Mulher de vício e pecado

E vai sendo confundida, insultada e perseguida
Plo convite costumado

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Entra no café cantante, seguida em tom provocante
Plos que querem comprá-la

Uma guitarra a trinar, uma sombra devagar
Avança pró o meio da sala

Ela começa a cantar e os que a queriam comprar
Sentam-se à mesa a olhá-la

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Canto antigo e tão profundo, que vindo do fim do mundo
É prece pranto ou pregão

E todos os que a ouviam, à luz das velas pareciam
Devotos em oração

E os que há pouco a ofendiam, de olhos fechados ouviam
Como a pedir-lhe perdão

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Vestido negro cingido, cabelo negro comprido
E negro xaile traçado

Cantando prá aquela mesa, ela dá-lhes a certeza
De já lhes ter per doado

E em frente dela na mesa, como impressa uma deusa
Em silêncio ouve-se o fado

Compositores: Letra, Maria Manuela Gouveia de Freitas; Música: Pedro Rodrigues dos Santos

Cifras por Acosta

https://acostafadosletras.blogspot.com


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