Fado Alberto
Ver
Não passes com ela à minha rua
A montanha azul
Intro
Meu Deus, onde está Jesus,
Filho de Maria
O Rei Salvador, que morreu na cruz
Meu Deus, senhor me conduz
Leva-me á montanha,
Lá perto do céu, onde está Jesus
Subi á montanha, falei com Jesus
E tive na mão um raio de luz
E lá na montanha fui beijar a cruz
E numa oração falei com Jesus
Meu Deus, que és o Redentor
Mostra- me o caminho
Eu quero encontrar todo o seu amor
Meu Deus, senhor me conduz
Leva-me á montanha,
Lá perto do céu, onde está Jesus
Refrão
Instrumental
E lá na montanha fui beijar a cruz
E numa oração falei com Jesus
Compositores: Letra
António Reisinho; Música de António Severino
Cifras por Acosta
Sempre que Lisboa canta
Intro
Lisboa cidade amiga
Que és meu berço de embalar
Ensina-me uma cantiga, das que tu sabes cantar
Uma cantiga singela, daquelas de
enfeitiçar
Pra eu cantar à janela
Quando o meu amor passar
Sempre que Lisboa canta, não sei se
canta
Não sei se reza
A sua voz com carinho, canta baixinho
Sua tristeza
Sempre que Lisboa canta, à gente
encanta
Sua beleza
Pois quando Lisboa canta, canta o fado
Com certeza
Eu quero dar-te um castigo, por tanto
te ter amado
Quero que cantes comigo
Os versos do mesmo fado
Quero que Lisboa guarde, tantos fados
que cantei
Para cantar-me mais tarde
Os fados que lhe ensinei
Refrão
Instrumental
Refrão
Compositores:
Letra, Aníbal Nazaré / Múcica, Carlos Rocha
Cifras
por Acosta
Sombras
da madrugada
(É
madrugada não importa)
Intro
Vi
uma sombra bem unida
A dela e a tua
E a minha sombra, já esquecida
Surpreendida, parou na rua
Os
dois bem juntos, tu e ela
Nenhum reparou
Que a outra sombra era daquela
Que tu não queres mas já te amou
É
madrugada não importa
Neste silêncio há mais verdade
A noite é triste e tão sozinha
Parece minha toda a cidade
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Nem um cigarro me conforta
Nem
o luar hoje me abraça
Eu não te encontrarei jamais
E nessas noites sempre iguais
Sou mais uma sombra que passa
Sombra que passa e nada mais
Ao
longo desta madrugada
A sombra da vida
Mora nas pedras da calçada
Já não tem nada e anda perdida
Quando
a manhã nasce enfeitada
Pelo sol que a procura
Nem sabe quanto a madrugada
Chora baixinho tanta amargura
Refrão
Compositores:
Letra, António
José Lopes Lampreia;
Música, Ferrer Trindade
Cifras
por Acosta
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Perseguição
Instrumental
Se de mim, nada consegues
Não sei por que me persegues
Constantemente na rua!
Sabes bem que sou casada
Que fui sempre dedicada
E que não posso ser tua!
Lá por que és rico e elegante
Queres que eu seja a tua amante
Por capricho ou presunção?
Ah, eu tenho o marido pobre
Que possui alma nobre
E é toda a minha paixão!
Rasguei as cartas sem ler
E nunca quis receber
Joias ou flores que trouxesses
Não me vendo nem me dou
Pois já dei tudo o que sou
A um amor que não conheces
Instrumental
Não
me vendo nem me dou
Pois já dei tudo o que sou
A um amor que não conheces
Compositores:
Letra, Avelino de Sousa. Musica, Carlos da Maia
Cifras
por Acosta
Noite
Intro
Sou da noite um filho noite
Trago ruas nos meus dedos
De contarem os segredos
Às altas fontes do amor
E canto porque é preciso
Raiar a dor que me impele
E gravar na minha pele
As fontes da minha dor
Noite companheira dos meus gritos
Rio de sonhos aflitos
Das aves que abandonei
Noite céu dos meus casos perdidos
Vêm de longe os sentidos
Nas canções que eu entreguei
Oh minha mãe de arvoredos
Que penteias a saudade
Com que eu vi a humanidade
A minha voz soluçar
Dei-te um corpo de segredos
Onde arrisquei minha mágoa
E onde bebi dessa água
Que se prendia no ar
Refrão
Instumental
Noite céu dos meus casos perdidos
Vêm de longe os sentidos
Nas canções que eu entreguei
Compositores:
Letra, Vasco Lima Couto / Musica, Maximiliano
de Sousa (Max)
Cifras
por Acosta
Medo (Quem dorme
à noite comigo?)
Intro
Quem dorme à noite comigo
Quem dorme à noite comigo
É meu segredo, é meu segredo
Mas se insistirem, lhes digo
Mas se insistirem, lhes digo
O medo mora comigo
O medo mora comigo
Mas só o medo, mas só o medo
E cedo porque me embala
E cedo porque me embala
Num vai-vem de solidão
É com silêncio que fala
É com silêncio que fala
Com voz de móvel que estala
E nos perturba a razão
E nos perturba a razão
Gritar quem pode salvar-me
Gritar quem pode salvar-me
Do que está dentro de mim
Gostava até de matar-me
Gostava até de matar-me
Mas eu sei que ele há-de esperar-me
Ao pé da ponte do fim
Ao pé da ponte do fim
Voz:
Compositores:
Letra, Reinaldo Ferreira - Música, Alain Oulman
Cifras
por Acosta
Na boca de toda a gente (Fado Daniel)
Intro
Se eu te disser
ao ouvido
Que o fado me tem pedido, para ninguém o cantar
Por favor, guarda segredo
Porque o fado está com medo
Que alguém o queira matar
Anda tão envergonhado, que diz que já
nem é fado
Nem julga que o fado exista
Porque quem sente vaidade
Em dar abrigo á saudade
Já não pode ser fadista
E depois o fado diz que
não pode ser feliz
Na boca de toda a gente
E que talvez a meu lado
Possa voltar a ser fado
Como era antigamente
É por isso que eu lhe digo
Que quando lhe dou abrigo
Sinto o peito tão cansado
E um dia, talvez consiga
Que ao chorar o fado diga
Que quer voltar a ser fado
Instrumental
Refrão
Compositores: Letra, Tiago Torres da Silva; Música,
Daniel Gouveia
Cifras
por Acosta
Moura Encantada
Intro
É lenda na Mouraria, que grande riqueza havia
Por uma moura guardada
Um dia alguém perguntou-me
Se a moura que há no meu nome
É essa moura encantada
Não sei, só sei que me dou, e me esqueço de quem sou
Como num sono profundo
E nos sonhos que vou tendo
Eu adivinho e desvendo
Todos os sonhos do mundo
A minha voz, de repente é a voz de toda a gente
De tudo o que a vida tem
Quando a noite chega ao fim
Vou à procura de mim
E não encontro ninguém
Não sei se é lenda ou se não, se é encanto ou maldição
Que às vezes me pesa tanto
Sei que livre ou condenada
E sem pensar em mais nada, eu fecho os olhos e canto
Serei talvez encantada
E sendo assim tudo ou nada, eu fecho os olhos e canto
Compositores: Alfredo Marceneiro / Manuela Freitas / Manuela de Freitas
Cifras por Acosta
Minha Mãe
Intro
Ó minha
mãe minha mãe
Ó minha mãe minha amada
Ó minha
mãe minha mãe
Ó minha mãe minha amada
Ó minha
mãe minha mãe
Quem tem uma mãe tem tudo
Quem não tem mãe não tem nada
Lararam
Lararam Lam Lararam Lararam Lam
Lararam
Lararam Lam Lararam Lararam Lam
Instrumental
Quem não
tem mãe não tem nada
Quem a perde é pobrezinho
Quem não
tem mãe não tem nada
Quem a perde é pobrezinho
Ó minha mãe
minha amada
Onde estás que estou sozinho
Lararam
Lararam Lam Lararam Lararam Lam
Lararam
Lararam Lam
Ó minha mãe minha mãe
Ó minha mãe minha amada
Compositores: Letra, José
Afonso; Música, José Afonso
Cifras
por Acosta
Morrinha
Intro
Ai, sonhos, pranto,
rios, poço, corpo
Do lírio e hortelã agreste!
São sonho que morre, são água que corre
Que na minha sede bebeste
São sonho que morre, são água que
corre
Que na minha sede bebeste
Na minha cama o lençol de linho
Que hoje é como eu, sozinho
A sua brancura, a minha ternura
São minha loucura, meu espinho
A sua brancura, a minha ternura
São minha loucura, meu espinho
Na minha solidão, que é toda minha
Na minha solidão, sozinha
Tristeza em botão que eu guardo na mão
Crescendo, crescendo, morrinha
Tristeza em botão que eu guardo na mão
Crescendo, crescendo, morrinha
Instrumental
Compositores: Letra,
Amália
Rodrigues / Musica, Carlos Gonçalves
Cifras por Acosta
Maria Madalena
Intro
Quem por amor se perdeu
Não chore, não tenha pena
Quem por amor se perdeu
Não chore, não tenha pena
Uma das santas do céu
Foi Maria Madalena
Desse amor que nos encanta
Até Cristo padeceu
Para poder tornar santa
Quem, por amor, se perdeu
Jesus só nos quis mostrar
Que o amor não se condena
Por isso, quem sabe amar
Não chore, não tenha pena
A Virgem Nossa Senhora
Quando o amor conheceu
A Virgem Nossa Senhora
Quando o amor conheceu
Fez da maior pecadora
Uma das santas do céu
E de tanta que pecou
Da maior a mais pequena
E de tanta que pecou
Da maior a mais pequena
Ai, aquela que mais amou
Foi Maria Madalena
Aquela que mais amou
Foi Maria Madalena
Compositores: Letra de Gabriel Oliveira, Musica de Fernando Freitas
Cifras por Acosta
https://acostafadosletras.blogspot.com
Maldição
Intro
Que destino, ou maldição
Manda em nós, meu coração?
Um do outro assim perdido
Somos dois
gritos calados
Dois fados desencontrados
Dois
amantes desunidos
Por ti sofro e vou morrendo
Não te encontro, nem te entendo
Amo e odeio sem razão
Coração, quando te cansas
Das nossas mortas esperanças
Quando paras, coração?
Nesta luta, esta agonia
Canto e choro de alegria
Sou feliz e desgraçada
Que sina a tua, meu peito
Que nunca estás satisfeito
Que dás tudo e não tens nada
Na gelada …………solidão
Que tu me dás coração
Não há vida nem há morte
É lucidez,………desatino
De ler no próprio destino
Sem poder mudar-lhe a sorte
Compositores:
Letra: Armando V. Pinto/ Música: Alfredo Marceneiro
Cifras por Acosta
Há festa na Mouraria
Intro
Há festa na Mouraria, é dia da procissão
da Senhora da Saúde.
Até a Rosa Maria, da Rua do Capelão
Parece que tem virtude.
Naquele bairro fadista
calaram-se as guitarradas: não se canta nesse dia,
Velha tradição bairrista, vibram no ar badaladas,
Há festa na Mouraria.
Colchas ricas nas janelas, pétalas soltas no chão.
Almas crentes, povo rude
anda a fé pelas vielas: é dia da procissão
da Senhora da Saúde.
Após um curto rumor, profundo silêncio pesa:
Por sobre o Largo da Guia
Passa a Virgem no andor.
Tudo se ajoelha e reza, até a Rosa Maria.
Como que petrificada, em fervorosa oração,
É tal a sua atitude,
Que a rosa já desfolhada, da Rua do Capelão
parece que tem virtude
Que a rosa já desfolhada, da Rua do Capelão
parece que tem virtude
Compositores: Letra, Gabriel
Oliveira; Música, Alfredo Marceneiro
Grito
Instrumental
Silêncio! Do
silêncio faço um
grito
O corpo todo me dói
Deixai-me chorar um pouco
De sombra a sombra, há um Céu, tão
recolhido
De sombra a sombra, já lhe perdi o
sentido, ao Céu
Aqui me falta a luz
Aqui me falta uma estrela. Chora-se
mais
Quando se vive atrás dela, e eu
A quem o céu esqueceu
Sou a que o mundo perdeu
Só choro agora, que quem morre já não
chora
Instrumental
Solidão, que nem mesmo essa é inteira
Há sempre uma companheira
Uma profunda amargura
Ai, solidão quem fora escorpião
Ai, solidão e se mordera a cabeça,
Adeus!
Já fui para além da vida
Do que já fui tenho sede, sou sombra
triste
Encostada a uma parede, adeus
Vida que tanto duras
Vem, morte que tanto tardas
Ai, como dói a solidão, quase loucura
Instrumental
Refrão
Compositores:
Letra, Amália Rodrigues. Musica, Carlos dos Santos
Gonçalves
Cifras
por Acosta
Gaivota
Intro
Se uma gaivota viesse, trazer-me o céu de Lisboa
No desenho que fizesse
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa
Que esmorece e cai no mar
Que perfeito coração, no meu peito bateria
Meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração
Se um português marinheiro
Dos sete mares andarilho
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse, se um olhar de novo brilho
Ao meu olhar se enlaçasse
Refrão
Se ao dizer adeus à vida, as aves todas do céu
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro
Esse olhar que era só teu
Amor que foste o primeiro
Que perfeito coração, morreria no meu peito
Meu amor na tua mão, nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração
Instrumental
Meu amor na tua mão, nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração
Compositores: Música,
Alain Robert
Oulman; Letra, Alexandre O`Neill
Cifras
por Acosta
Fado Laranjeira Intro Em tenra laranjeira ainda pequenina Onde poisava o melro ao declinar do dia Depois de te beijar a boca purpuri...